quinta-feira, 30 de junho de 2016

ONU vota para criar primeira entidade de direitos LGBT


A Organização das Nações Unidas (ONU) votou hoje para criar a sua primeira entidade de direitos LGBT.

Passou com 23 votos a 18, com 6 abstenções, a medida garante que um membro designado irá monitorar "a violência e a discriminação baseada na orientação sexual e identidade de gênero".

O "perito independente" será a primeira pessoa a ser nomeada para esse papel no seio da ONU.

A linguagem utilizada na resolução sugere que os direitos LGBT deve ser uma preocupação de leis de direitos humanos em todo o mundo.

Anteriormente a ONU votou duas resoluções para os direitos LGBT, mas aqueles passados ​​apenas para exortar a organização a preparar relatórios especificamente sobre questões LGBT.

A ONU já anteriormente só raramente mencionou questões LGBT, e no ano passado o Conselho de Segurança das Nações Unidas fez história ao abordar essas questões pela primeira vez.

A reunião, a portas fechadas, o assunto foi abordado por um refugiado sírio que escapou das ameaças do ISIS.

Mais recentemente, o Conselho de Segurança emitiu um comunicado de imprensa condenando o tiroteio em massa no clube gay Pulse de Orlando.

O Paquistão liderou a oposição à resolução de quinta-feira, em nome da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), levando a várias alterações que sugerem que "impor conceitos ou noções relativas a questões sociais, incluindo a conduta individual privada."

O país também sugeriu que "medidas coercivas" estavam sendo usadas ​​para mudar as leis de cada nação, e reivindicou "sensibilidades religiosas", como razões para se opor.

Note-se que a África do Sul decidiu abster-se na resolução, apesar de ter resoluções sobre direitos LGBT patrocinados no passado.

O representante da África do Sul sugeriu que os patrocinadores da resolução utilizam uma abordagem "arrogante e de confronto".






















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